(PDF) DINÂMICA DE POPULAÇÕES E PESCA DO TUBARÃO-MARTELO … · 2012-07-11 · iii AGRADECIMENTOS Ao Professor Dr. Miguel Petrere Jr. , pela sua grandiosa orientação durante o decorrer - DOKUMEN.TIPS (2023)

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    DINÂMICA DE POPULAÇÕES E PESCA DO TUBARÃO-MARTELO Sphyrna lewini(Griffith & Smith, 1834), CAPTURADO NO MAR TERRITORIAL E ZONAECONÔMICA EXCLUSIVA DO SUDESTE-SUL DO BRASIL

    Jorge Eduardo Kotas

    Tese apresentada à Escola de Engenharia de São Carlos, daUniversidade de São Paulo, como parte dos requisitos para obtençãodo título de Doutor em Ciências da Engenharia Ambiental.

    ORIENTADOR: Prof. Dr. Miguel Petrere Jr.

    São Carlos 2004

  • ii

    Para a cultura havaiana, os tubarões são considerados “aumakua”,um

    espírito guardião da família.

    Em memória de Olga Häjek† Manoel da Rocha Gamba† (CEPSUL)

  • iii

    AGRADECIMENTOS

    Ao Professor Dr. Miguel Petrere Jr. , pela sua grandiosaorientação durante o decorrer deste

    trabalho e amizade. Agradecimentos à Fundação de Amparo àPesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), pelo

    apoio financeiro ao Projeto Temático nº 2001/13299-7 – Ecologiae Pesca de Organismos Aquáticos. Ao Instituto Brasileiro do MeioAmbiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA)

    pelo apoio Institucional e financeiro à realização destedoutoramento. Sou muito grato à Escola de Engenharia de São Carlos,em especial, ao Centro de Recursos

    Hídricos e de Ecologia Aplicada (CRHEA) da Universidade de SãoPaulo (USP), pela oportunidade de realizar o curso de pós-graduaçãoem Ciências da Engenharia Ambiental. Em especial gostaria deagradecer o apoio dado pelos Diretores do IBAMA, Drs. José DiasNeto e Hiram L. Pereira, Chefias do CEPSUL (Centro de Pesquisa eGestão de Recursos Pesqueiros do Litoral Sudeste e Sul) Drs. JorgeA . de Albuquerque, Luiz F. Rodrigues, Ana M. Torres, José H.Menezes e Celso F. Lin. Gostaria também de agradecer ao CTTMAR(Centro de Ciências Tecnológicas da Terra e do Mar) da Universidadedo Vale do Itajaí, pelo apoio logístico e amizade no trabalho dedeterminação de idades com o tubarão-martelo. Em especial aos Drs.Paulo R. Pezzuto, José Angel A. Perez, Humber A. de Andrade,Marcelo Rodrigues-Ribeiro, Paulo R. Schwingel, André Barreto e MSc.José Maria. À Dra. Carmen L. D. B. Rossi-Wongtschowski , Dra. MariaC. Cergole e Dr. Hélio Valentini, pela oportunidade de participarno programa REVIZEE, Score – Sul. Agradecimentos também à Dra.Marizilda Magro (Tuca), pelo grande apoio às minhas pesquisas comos elasmobrânquios e amizade. Um grande abraço aos Drs. Carolus M.Vooren, Rosângela Lessa e Alberto F. Amorim da Sociedade Brasileirapara o Estudo e Conservação dos Elasmobrânquios (SBEEL) que semprese preocuparam com a problemática da conservação e pesca dostubarões no litoral brasileiro. Ao Instituto de Pesca de São Paulo,em especial aos pesquisadores, Drs. Lúcio Fagundes, Marcus H.Carneiro e Valéria Cressi Gelli , pelo apoio institucional à minhaspesquisas com os tubarões em Ubatuba (SP) e fornecimento dasestatísticas pesqueiras do Estado de São Paulo. Meus agradecimentostambém à Vera A. da Silva, do Centro de Pesquisas do Rio Grande(CEPERG) do IBAMA pelas estatísticas de pesca do Rio Grande do Sul.À Berenice M.G. Gallo da Fundação Pró-Tamar e a todo o pessoal doprojeto TAMAR - IBAMA pelo apoio institucional durante a minhapermanência em Ubatuba (SP).

    Agradeço ao setor pesqueiro, pelo apoio neste trabalho, emespecial à Industria e Comércio de Pescados Kowalsky, na pessoa doSr. José Kowalsky, que sempre auxiliou nas pesquisas com ostubarões.

    Um grande abraço aos meus amigos do CEPSUL, que sempre estiverampresentes na minha vida profissional.

    Aos amigos MSc. Venâncio Guedes de Azevedo, Silvio dos Santos,pelos bons tempos de embarques e dificuldades compartilhadas nafrota espinheleira e de emalhe bem como pelo grande trabalho juntoao Programa REVIZEE. Aos amigos MSc.Rodrigo Mazzoleni, Maria LuizaP. de Oliveira, MSc. Flávio X. Souto, Eurides B. Filho, Nívea M.dos Santos, Pedro O. G. Doria Jr. e Patrícia Haase por todo o apoioe amizade trabalhando com a amostragem e determinação de idades dostubarões-martelo aqui em Itajaí. À minha esposa Rozeli e meu filhoDaniel que compartilharam comigo os bons mas também os mausmomentos do processo de elaboração desta tese.

    À minha grande família de Sorocaba, em especial, minha sograDna. Inez, cunhados Roberley, José Duilio, Renato e respectivasesposas Adriana, Rosângela, Regina bem como aos meus queridossobrinhos Samuel e Lucas pelos momentos felizes compartilhados eapoio que ficarão na minha eterna lembrança e gratidão.

    Finalmente, a minha gratidão aos meus pais Eduardo e Orlanda porterem sempre me apoiado nos meus estudos relativos as ciências domar e à minha irmã Graciela e cunhado Tomas.

    Saudades de todos vocês.

  • iv

    SUMÁRIO

    LISTA DEFIGURAS................................................................................................................i

    LISTA DETABELAS............................................................................................................xx

    RESUMO...........................................................................................................................xxxiii

    ABSTRACT.........................................................................................................................xxxiv

    1INTRODUÇÃO......................................................................................................................1

    2 OS DESEMBARQUES DE TUBARÕES-MARTELO, FAMÍLIA Sphyrnidae(GILL,

    1872) NO SUDESTE E SUL DOBRASIL............................................................................26

    2.1RESUMO..........................................................................................................................26

    2.2INTRODUÇÃO.................................................................................................................27

    2.3METODOLOGIA.............................................................................................................28

    2.4RESULTADOS.................................................................................................................29

    2.4.1 DESEMBARQUES NOSUDESTE-SUL......................................................................29

    2.4.2 DESEMBARQUES EM SÃOPAULO.........................................................................31

    2.4.3 DESEMBARQUES EM SANTACATARINA.............................................................33

    2.4.3.1 PESCAINDUSTRIAL................................................................................................33

    2.4.3.2 PESCAARTESANAL................................................................................................41

    2.4.4 DESEMBARQUES NO RIO GRANDE DOSUL........................................................43

    2.5 COMENTÁRIOSFINAIS................................................................................................48

    3 A PESCA DE REDES DE EMALHE DE SUPERFÍCIE NO SUDESTE E SULDO

    BRASIL...................................................................................................................................51

    3.1RESUMO..........................................................................................................................51

    3.2INTRODUÇÃO.................................................................................................................52

    3.3METODOLOGIA.............................................................................................................54

    3.4RESULTADOS.................................................................................................................56

    3.4.1FROTA...........................................................................................................................56

    3.4.2 TIPOS DEREDES.........................................................................................................59

    3.4.3 COMPOSIÇÃO DASESPÉCIES..................................................................................62

    3.4.4DESEMBARQUES........................................................................................................65

    3.4.5 ÁREAS E ESFORÇO DEPESCA.................................................................................69

    3.4.6 AVALIAÇÃO DA CAPTURA POR UNIDADE DE ESFORÇO (CPUE) DESphyrna

    lewini , CAPTURADA POR EMALHE DESUPERFÍCIE....................................................71

  • v

    3.4.7 CPUE DAS CAPTURASACIDENTAIS......................................................................73

    3.5DISCUSSÃO.....................................................................................................................74

    4 A PESCA DE ESPINHEL DE SUPERFÍCIE NO SUL DO BRASIL E A

    PROBLEMÁTICA DOSDESCARTES.................................................................................80

    4.1RESUMO..........................................................................................................................80

    4.2INTRODUÇÃO.................................................................................................................81

    4.3 ÁREAS DEPESCA..........................................................................................................82

    4.4 O ESPINHEL DEMONOFILAMENTO..........................................................................83

    4.5 A OPERAÇÃO DEPESCA..............................................................................................86

    4.6 COMPOSIÇÃO DASCAPTURAS..................................................................................86

    4.7 A SOBREVIVÊNCIA DOS TUBARÕES NO ESPINHEL DE

    MONOFILAMENTO..............................................................................................................87

    4.8 A EXTRAÇÃO DASBARBATANAS............................................................................88

    4.9 OS DESEMBARQUES DA FROTA ESPINHELEIRA DE MONOFILAMENTOEM

    SANTACATARINA..............................................................................................................89

    4.10DISCUSSÃO...................................................................................................................95

    5 ANÁLISE DE COVARIÂNCIA MÚLTIPLA COM TRÊS FATORES AOS DADOSDE

    CAPTURA E ESFORÇO DE PESCA DOS TUBARÕES-MARTELO, Sphyrnalewini

    (GRIFFITH & SMITH, 1834) E Sphyrna zygaena (LINNAEUS, 1758)NA PESCA DE

    ESPINHEL DE SUPERFÍCIE NO SUL DOBRASIL...........................................................97

    5.1RESUMO..........................................................................................................................97

    5.2INTRODUÇÃO.................................................................................................................98

    5.3 MATERIAL EMÉTODOS...............................................................................................99

    5.4RESULTADOS...............................................................................................................105

    5.4.1 MODELO 1 (FATORANO).......................................................................................107

    5.4.2 MODELO 02 (FATORTRIMESTRE)........................................................................108

    5.4.3 MODELO 03(ÁREA).................................................................................................110

    5.5DISCUSSÃO...................................................................................................................111

    6 IDADE E CRESCIMENTO DO TUBARÃO-MARTELO, (Sphyrna lewini,GRIFFITH &

    SMITH, 1834) NO SUDESTE E SUL DOBRASIL............................................................116

    6.1RESUMO........................................................................................................................116

    6.2INTRODUÇÃO...............................................................................................................117

    6.3.MATERIAL EMÉTODOS.............................................................................................117

    6.3.1 MEDIDAS OBTIDAS NO PRESENTEESTUDO.....................................................117

    6.3.2 RELAÇÕESMORFOMÉTRICAS..............................................................................119

  • vi

    6.3.3 RELAÇÕESPESO-COMPRIMENTO........................................................................119

    6.3.4 ESTRUTURA DETAMANHOS................................................................................120

    6.3.5 DECOMPOSIÇÃO DEMODAS.................................................................................121

    6.3.6 ESTIMATIVA DOS PARÂMETROS DE CRESCIMENTO EM Sphyrnalewini

    ATRAVÉS DO MÉTODO DEPOWEL-WETHERALL.....................................................122

    6.3.7 DETERMINAÇÃO DE IDADES EM VÉRTEBRAS DE Sphyrnalewini.................123

    6.3.8 PROPORCIONALIDADE NO CRESCIMENTO DA VÉRTEBRA E DOANIMAL:

    RETROCÁLCULO...............................................................................................................125

    6.3.9 ANÁLISE DA PRECISÃO DAS LEITURAS DE IDADE, OBTIDAS ATRAVÉSDE

    VÉRTEBRAS DE Sphyrna lewini.......................................................................................126

    6.3.10 ESTIMATIVAS DOS PARÂMETROS DE CRESCIMENTO DE Sphyrnalewini ,

    BASEADO NAS LEITURAS DE ANÉIS EM VÉRTEBRASINTEIRAS.........................128

    6.3.10.1 MODELO DE VONBERTALANFFY..................................................................129

    6.3.10.2 MODELO DEGOMPERTZ...................................................................................129

    6.3.10.3 MODELO DE SCHNUTE &RICHARDS.............................................................130

    6.3.11 COMPARAÇÕES ENTRE CURVAS DECRESCIMENTO...................................131

    6.3.12 ESTIMATIVAS DA LONGEVIDADE, COMPRIMENTO MÁXIMO E

    MORTALIDADE NATURAL DE Sphyrna lewini , BASEADAS EM LEITURASDE

    VÉRTEBRAS........................................................................................................................132

    6.3.13 VALIDAÇÃO DAS LEITURAS DE IDADES EMVÉRTEBRAS.........................134

    6.3.13.1 ACOMPANHAMENTO MENSAL DA PROPORÇÃO PERCENTUAL DE

    BORDAS OPACAS EHIALINAS.......................................................................................134

    6.3.13.2 ESTUDO DO INCREMENTO MARGINAL NA BORDA DASVÉRTEBRAS

    ATRAVÉS DA METODOLOGIA ESTABELECIDA POR BARTHEM (1990) E

    NATANSON ETAL.(1995).................................................................................................135

    6.4RESULTADOS...............................................................................................................136

    6.4.1 RELAÇÕESMORFOMÉTRICAS..............................................................................136

    6.4.2 RELAÇÕESPESO-COMPRIMENTO........................................................................137

    6.4.3 ANÁLISE DA ESTRUTURA DE TAMANHOS DE Sphyrna lewiniIMPACTADA

    PELA PESCA E SUA DECOMPOSIÇÃO DEMODAS.....................................................139

    6.4.4 ESTIMATIVA DOS PARÂMETROS DE CRESCIMENTO EM Sphyrnalewini

    BASEADA NAS DISTRIBUIÇÕES DE FREQÜÊNCIA DE COMPRIMENTO DAS

    CAPTURAS, ATRAVÉS DO MÉTODO DEPOWEL-WETHERALL..............................142

    6.4.5 A ESTRUTURA DA VÉRTEBRA EM Sphyrnalewini.............................................143

  • vii

    6.4.6 PROPORCIONALIDADE NO CRESCIMENTO DA VÉRTEBRA E DO

    ANIMAL...............................................................................................................................144

    6.4.6.1 HIPÓTESE (SPH) : RELAÇÃO ENTRE O RAIO DA VÉRTEBRA (MM) EO

    COMPRIMENTO TOTAL DO PEIXE(CM)......................................................................145

    6.4.6.2 HIPÓTESE (BPH): RELAÇÃO ENTRE O COMPRIMENTO TOTAL DOPEIXE

    (CM) E O RAIO DA VÉRTEBRA(MM)............................................................................146

    6.4.7 ANÁLISE DA PRECISÃO DAS LEITURAS DE IDADE , OBTIDASATRAVÉS DE

    VÉRTEBRAS EM Sphyrna lewini.......................................................................................148

    6.4.8 ESTIMATIVAS DOS PARÂMETROS DE CRESCIMENTO EM Sphyrnalewini,

    BASEADO NAS LEITURAS DE ANÉIS EM VÉRTEBRASINTEIRAS.........................148

    6.4.8.1 MODELO DE VONBERTALANFFY....................................................................150

    6.4.8.2 MODELO DEGOMPERTZ....................................................................................150

    6.4.8.3 MODELO DE SCHNUTE ERICHARDS..............................................................150

    6.4.8.4 ESCOLHA DO MELHORMODELO.....................................................................150

    6.4.9 ESTIMATIVAS DA LONGEVIDADE , COMPRIMENTO MÁXIMO E

    MORTALIDADE NATURAL EM Sphyrna lewini , BASEADAS EM LEITURASDE

    VÉRTEBRAS........................................................................................................................151

    6.4.10 VALIDAÇÃO DAS LEITURAS DE IDADES EMVÉRTEBRAS.........................152

    6.4.10.1 ACOMPANHAMENTO MENSAL DA PROPORÇÃO PERCENTUAL DE

    BORDAS OPACAS EHIALINAS.......................................................................................152

    6.4.10.2 ESTUDO DO INCREMENTO MARGINAL NA BORDA DASVÉRTEBRAS

    ATRAVÉS DA METODOLOGIA ESTABELECIDA POR BARTHEM (1990) E

    NATANSON ETAL.(1995).................................................................................................153

    6.4.11 RELAÇÕES ENTRE A MARCA EMBRIONÁRIA E O ANEL DENASCIMENTO

    EM Sphyrnalewini................................................................................................................154

    6.4.12 COMPOSIÇÃO ETÁRIA DE Sphyrna lewini NAS AMOSTRAGENS DAPESCA

    COMERCIAL.......................................................................................................................154

    6.5DISCUSSÃO...................................................................................................................155

    6.6CONCLUSÕES...............................................................................................................178

    6.7RECOMENDAÇÕES.....................................................................................................180

    ANEXO A -FIGURAS.........................................................................................................183

    ANEXO B –TABELAS.......................................................................................................265

    REFERÊNCIASBIBLIOGRÁFICAS..................................................................................338

  • LISTA DE FIGURAS FIGURA 01 – Evolução da produção total detubarões-martelo (kg), nas regiões sudeste e sul

    do Brasil, período de 1979 a 2002. Fontes: CARNEIRO et al.,2000;

    BRANCO & REBELO, 1997; IBAMA, 1992, 1994, 1996, 1997, 1998,1999 e

    2000; SUDEPE, 1979, 1980, 1981, 1982, 1983, 1984, 1985, 1986 e1987;

    UNIVALI, 2001, 2002 e 2003; SILVA & SILVA ,1994..............................184

    FIGURA 02 – Evolução anual da produção de tubarões-martelo, nasregiões sudeste e sul do

    Brasil, modalidade emalhe (fundo e superfície). Período1989-2002. Fonte:

    CARNEIRO et al., 2000; BRANCO & REBELO, 1997; IBAMA, 1992,1994,

    1996, 1997, 1998, 1999 e 2000; KOTAS et al., 1995; UNIVALI,2001, 2002 e

    2003................................................................................................................185

    FIGURA 03 – Evolução na produção anual de tubarões-martelo (kg),nas regiões sudeste e

    sul do Brasil, modalidade de espinhel (superfície e fundo).Período: 1987 a

    2002. Fonte: AMORIM et al., 1988; IBAMA, 1992, 1994, 1996, 1998,1999 e

    2000; UNIVALI, 2001, 2002 e 2003; SILVA & SILVA,

    1994................................................................................................................186

    FIGURA 04 – Evolução anual da produção total de tubarões-martelo(kg), modalidade de

    arrasto de fundo (parelha, arrasto simples, arrasto detangones), na região sul

    do Brasil. Período: 1990-2002. Fonte: BRANCO & REBELO, 1997;IBAMA,

    1992, 1994, 1996, 1998, 1999 e 2000; KOTAS et al., 1995; PEREZet al.,

    2001; UNIVALI, 2001, 2002 e 2003; SILVA & SILVA,

    1994................................................................................................................187

  • ii

    FIGURA 05 – Evolução da produção pesqueira anual controlada (kg)de tubarões-martelo,

    no Estado de São Paulo. Período: 1994 a 1999. Fonte: CARNEIRO etal.,

    2000................................................................................................................188

    FIGURA 06 – Desembarques médios mensais (kg) detubarões-martelo, frota industrial, em

    Santa Catarina. Média de 1989-2002. Fontes: BRANCO & REBELO,1997;

    IBAMA, 1992, 1994, 1998, 1999 e 2000; KOTAS et al., 1995;UNIVALI,

    2001, 2002 e2003..........................................................................................189

    FIGURA 07 – Médias mensais nos desembarques de tubarões-martelo(kg), e erros padrões,

    para a modalidade de emalhe de superfície, no estado de SantaCatarina.

    Período: 1989-2002. Fontes: BRANCO & REBELO, 1997; IBAMA,1992,

    1994, 1998, 1999, 2000; KOTAS et al., 1995; UNIVALI, 2001, 2002e

    2003................................................................................................................190

    FIGURA 08 – Desembarques (kg) de tubarões-martelo, pela pescaindustrial de espinhel de

    superfície, no estado de Santa Catarina. Anos – 2000, 2001 e2002. Fonte:

    UNIVALI, 2001, 2002 e 2003. Da esquerda para direita, gráficosrelativos aos

    anos 2000 e 2001. Gráfico inferior , ano2002...............................................191

    FIGURA 09 – Desembarques (kg) médios mensais detubarões-martelo, pela frota industrial

    de espinhel de fundo, no estado de Santa Catarina. Período:1989-2002.

    Linhas verticais, erros padrões. Fontes: BRANCO & REBELO,1997;

    IBAMA, 1992, 1994, 1998, 1999, 2000; UNIVALI, 2001, 2002 e

    2003................................................................................................................192

  • iii

    FIGURA 10 – Desembarques de tubarões-martelo (kg), pela frotaindustrial de emalhe, em

    Santa Catarina. Período: 1989-2002. Fontes: BRANCO & REBELO,1997;

    IBAMA, 1992, 1994, 1998, 1999 e 2000; KOTAS et al., 1995;UNIVALI,

    2001, 2002 e2003..........................................................................................193

    FIGURA 11 – Desembarques de tubarões-martelo (kg), pela frotaindustrial de espinhel, em

    Santa Catarina. Período: 1989-2002. Fonte: BRANCO & REBELO,1997 ;

    IBAMA, 1992, 1994, 1998, 1999 e 2000; UNIVALI, 2001, 2002 e

    2003................................................................................................................194

    FIGURA 12 – Desembarques de tubarões-martelo (kg) pela frotaindustrial de arrasto de

    parelhas, em Santa Catarina. Período: 1990-2002. Fonte: BRANCO&

    REBELO, 1997; IBAMA, 1992, 1994, 1998, 1999 e 2000; UNIVALI,2001,

    2002 e2003....................................................................................................195

    FIGURA 13 – Mapa do litoral Catarinense, com suas principaislocalidades . Fonte :

    BRANCO & REBELO,1999........................................................................196

    FIGURA 14 – Desembarques anuais de tubarões-martelo (kg), napesca artesanal em Santa

    Catarina. Período: 1979-1999. Fonte: BRANCO & REBELO, 1997;IBAMA,

    1992, 1994, 1998, 1999, 2000; SUDEPE, 1979, 1980, 1981, 1982,1983, 1984,

    1985, 1986,1987............................................................................................197

  • iv

    FIGURA 15 – Composição relativa (%), por localidade, de um totalde 76,6 toneladas de

    tubarões-martelo desembarcadas durante o período de 1988 a 1996em Santa

    Catarina. Fontes: BRANCO & REBELO, 1997; IBAMA, 1992,1994,

    1998................................................................................................................198

    FIGURA 16 – Distribuição anual de valores de desembarques (kg)de tubarões-martelo no Rio

    Grande do Sul. Período: 1992 a 2000. Fonte: IBAMA, 1996, 1997,1998, 1999

    e 2000; SILVA & SILVA,1994..................................................................199

    FIGURA 17 – Distribuição anual de valores de desembarques (kg)de tubarões-martelo, por

    modalidade de pesca, no Rio Grande do Sul. Pesca industrial.Período: 1992 a

    2000. AS – arrasto simples; AP – arrasto de parelhas; AT –arrasto de

    tangones; ETOT – emalhe (fundo e superfície). Fonte: IBAMA,1996, 1997,

    1998, 1999, 2000; SILVA & SILVA,1994...................................................200

    FIGURA 18 – Variação dos valores médios mensais de desembarquesde tubarões-martelo

    (kg), e erros padrão, para a pesca artesanal e industrial, noestado do Rio

    Grande do Sul. Período: 1992-1998. Fonte: IBAMA, 1996, 1997,1998, 1999

    e 2000; SILVA & SILVA,1994....................................................................201

    FIGURA 19 – Variação dos valores médios mensais de desembarquesde tubarões-martelo

    (kg) no Rio Grande do Sul. Período: 1992-1998. Fonte: IBAMA,1996, 1997,

    1998, 1999 e 2000; SILVA & SILVA,1994.................................................202

  • v

    FIGURA 20 – Variação dos valores médios mensais de desembarquesde tubarões-martelo

    (kg), e erros padrões, para a pesca de emalhe costeiro, noestado do Rio

    Grande do Sul. Período: 1993 -1999. Fontes: IBAMA, 1996, 1997,1998, 1999

    e 2000; SILVA & SILVA,1994....................................................................203

    FIGURA 21 – Variação dos valores médios mensais de desembarquesde tubarões-martelo

    (kg), e erros padrões, para a pesca de emalhe pelágico, noestado do Rio

    Grande do Sul. Período: 1993 -1999. Fontes: IBAMA, 1996, 1997,1998, 1999

    e 2000; SILVA & SILVA,1994....................................................................204

    FIGURA 22 – Desembarques totais mensais (kg) de tubarões-martelono Rio Grande do Sul,

    para o emalhe costeiro e pelágico. Período: 1993-1999. Fonte:IBAMA, 1996,

    1997, 1998, 1999 e 2000; SILVA & SILVA,1994.......................................205

    FIGURA 23 – Modelo de rede de emalhe de superfície utilizadapara capturar tubarões-

    martelo. Frota sediada em Itajaí e Navegantes (SC). Ano 1995.Desenho de

    autoria de Manoel da RochaGamba..............................................................206

    FIGURA 24 – Modelo de rede de emalhe de superfície utilizadapara capturar tubarões-

    martelo. Frota sediada em Itajaí e Navegantes (SC). Ano 1995.Desenho de

    autoria de Manoel da RochaGamba..............................................................207

    FIGURA 25 – Modelo de rede de emalhe de superfície utilizadapara capturar tubarões-

    martelo. Frota sediada em Itajaí e Navegantes (SC). Ano 1995.Desenho de

    autoria de Manoel da RochaGamba..............................................................208

  • vi

    FIGURA 26 – Formatos da malha nas redes de emalhe de superfíciecom diferentes valores

    de coeficientes de emalhe (E). Fonte: KARLSEN & BJARNASSON,1986;

    SPARRE et al.,1989......................................................................................209

    FIGURA 27 – Raia-manta grávida, Mobula hypostoma (BANCROFT,1831) capturada em

    janeiro/1997, por uma embarcação de emalhe de superfície sediadaem

    Ubatuba (SP). Detalhe do embrião. Tamanho da malha da rede 39 cm(entre-

    nós opostos, com a malha esticada). Autoria: Jorge Eduardo

    Kotas.............................................................................................................210

    FIGURA 28 – Detalhe do clásper calcificado em um macho detubarão-mangona Carcharias

    taurus (RAFINESQUE, 1810). Se observa o estado hemorrágico domesmo,

    indicativo de cópula. Captura realizada pelo emalhe desuperfície sediado em

    Ubatuba (SP). Período: setembro de 1997. Autoria: JorgeEduardo

    Kotas..............................................................................................................211

    FIGURA 29 – Evolução anual dos desembarques de tubarões-martelo,frota de emalhe de

    superfície, estado de Santa Catarina. Período 2000 a 2002.Fonte: UNIVALI,

    2001, 2002 e2003..........................................................................................212

    FIGURA 30 - Desembarques médios mensais (kg) de tubarões-martelocapturados pela

    pesca de emalhe de superfície em Santa Catarina. Período: 2000 a2002.

    Barras verticais são erros padrões. Fonte: UNIVALI, 2001,2002,

    2003................................................................................................................213

  • vii

    FIGURA 31 - Desembarques médios mensais (kg) de outros tubarõescapturados pela pesca

    de emalhe de superfície em Santa Catarina. Período: 2000 a 2002.Barras

    verticais são erros padrões. Fonte: UNIVALI, 2001, 2002,

    2003................................................................................................................213

    FIGURA 32 – Áreas de pesca da frota de emalhe de superfíciesediada em Itajaí e

    Navegantes (SC), durante o ano de 1995. A linha afastada dacosta indica o

    limite da zona econômica exclusiva brasileira(ZEE)....................................214

    FIGURA 33 – Áreas de pesca da frota de emalhe de superfíciesediada em Ubatuba (SP),

    durante o ano de 1997. A linha afastada da costa indica o limiteda zona

    econômica exclusiva brasileira(ZEE)...........................................................215

    FIGURA 34 – Variação dos valores médios mensais de CPUE (nº detubarões/km) para os

    tubarões-martelo, Sphyrna lewini capturados pelo emalhe desuperfície no

    sudeste e sul do Brasil. Período: 1995 a 1997. As linhasverticais são

    intervalos de confiança em torno dasmédias.................................................216

    FIGURA 35 – Distribuição sazonal da CPUE (tubarões/km) deSphyrna lewini, no sudeste e

    sul do Brasil, capturada pelo emalhe de superfície. Período:1995 a 1997. (a)

    Outono e (b)Inverno......................................................................................217

    FIGURA 36 – Distribuição sazonal da CPUE (tubarões/km) deSphyrna lewini, no sudeste e

    sul do Brasil, capturada pelo emalhe de superfície. Período:1995 a 1997. (a)

    Primavera e (b)verão.....................................................................................218

  • viii

    FIGURA 37 - Áreas de pesca onde foram realizados 3 cruzeiros deobservadores de bordo,

    durante os períodos de março-abril, junho-julho esetembro-outubro de 1998

    na costa sul-brasileira, para a modalidade de espinhel desuperfície . As áreas

    de pesca estão sinalizadas pelos blocospretos...............................................219

    FIGURA 38 – Esquema de uma seção de espinhel. 1 – cabo de bóia;2 – espaçamento entre

    as linhas secundárias; 3 – linha secundária ou “burã”; 4 – linhaprincipal ou

    linha “madre”; 5 – bóias-cegas; 6 –rádio-bóias............................................220

    FIGURA 39 – A estrutura de uma linha secundária, ou “Burã” (vejatambém as figuras 40 a

    43), no espinhel de monofilamento. Modificado de BROADHURST&

    HAZIN,2001.................................................................................................220

    FIGURA 40 – Detalhe de um grampo (“snap”) de 13 cm decomprimento, com destorcedor

    (veja seta). Autoria: Venâncio Guedes deAzevedo.......................................221

    FIGURA 41 – Anzol modelo “Swordfish 9/0”, utilizado na pesca deespinhel de

    monofilamento. Autoria: Venâncio Guedes deAzevedo...............................221

    FIGURA 42 – Atrator luminoso ou “lightstick”, utilizado na linhasecundária. Autoria:

    Venâncio Guedes deAzevedo.......................................................................222

    FIGURA 43 – Destorcedor com chumbo (aproximadamente 75 gramas),utilizado na linha

    secundária do espinhel. Autoria: Venâncio Guedes deAzevedo................223

    FIGURA 44 – Rádio-bóias japonesas, utilizadas para localizar oespinhel de monofilamento.

    Autoria: Jorge EduardoKotas.....................................................................224

  • ix

    FIGURA 45 – Tambor com guincho hidráulico utilizado para lançare recolher a linha

    principal do espinhel. Autoria: Jorge EduardoKotas....................................225

    FIGURA 46 – Guincho hidráulico, ou “Line setter”, utilizado paraposicionar o espinhel na

    profundidade desejada. Autoria: Jorge EduardoKotas..................................226

    FIGURA 47 – Captura de um tubarão-azul, Prionace glauca, noespinhel de superfície e

    detalhe da “tesoura” (seta). Autoria: Venâncio Guedes de

    Azevedo..........................................................................................................227

    FIGURA 48 – Barbatanas extraídas de tubarões de diferentesespécies na pesca de espinhel de

    superfície. Autoria: Jorge EduardoKotas......................................................228

    FIGURA 49 – Desembarques (kg), por grupo de espécies, frota deespinhel de superfície em

    Santa Catarina, período de 2000 a 2002. Fonte: UNIVALI, 2001,2002 e

    2003................................................................................................................229

    FIGURA 50 – Distribuição dos valores médios mensais dedesembarques (kg) de agulhões

    capturados pela pesca de espinhel de superfície em SantaCatarina. Período –

    2000 a 2002. Barras verticais, são erros padrões. Fonte:UNIVALI, 2001,

    2002 e2003....................................................................................................230

    FIGURA 51 – Distribuição dos valores médios mensais dedesembarques (kg) de atuns

    capturados pela pesca de espinhel de superfície em SantaCatarina. Período –

    2000 a 2002. Barras verticais, são erros padrões. Fonte:UNIVALI, 2001,

    2002 e2003....................................................................................................230

  • x

    FIGURA 52 – Distribuição dos valores médios mensais dedesembarques (kg) de tubarões-

    azuis capturados pela pesca de espinhel de superfície em SantaCatarina.

    Período – 2000 a 2002. Barras verticais, são erros padrões.Fonte: UNIVALI,

    2001, 2002 e2003..........................................................................................231

    FIGURA 53 – Distribuição dos valores médios mensais dedesembarques (kg) de tubarões-

    martelo capturados pela pesca de espinhel de superfície em SantaCatarina.

    Período – 2000 a 2002. Barras verticais, são erros padrões.Fonte: UNIVALI,

    2001, 2002 e2003..........................................................................................231

    FIGURA 54 – Distribuição dos valores médios mensais dedesembarques (kg) de tubarões

    (todas as espécies) capturados pela pesca de espinhel desuperfície em Santa

    Catarina. Período – 2000 a 2002. Barras verticais, são errospadrões. Fonte:

    UNIVALI, 2001, 2002 e2003.......................................................................232

    FIGURA 55 – Distribuição dos valores médios mensais dedesembarques (kg) de espadarte

    capturados pela pesca de espinhel de superfície em SantaCatarina. Período –

    2000 a 2002. Barras verticais, são erros padrões. Fonte:UNIVALI, 2001,

    2002 e2003....................................................................................................232

    FIGURA 56 – Distribuição dos valores médios mensais dedesembarques (kg) de outras

    espécies capturadas pela pesca de espinhel de superfície emSanta Catarina.

    Período – 2000 a 2002. Barras verticais, são erros padrões.Fonte: UNIVALI,

    2001, 2002 e2003..........................................................................................233

    FIGURA 57 – Divisão da área de estudo em de 5º por 5º . As áreascomparadas foram os de

    número 9 , 14 e15......................................................................................234

  • xi

    FIGURA 58 – Capturas totais em peso (kg) vs. esforço (número deanzóis), para os tubarões-

    martelo na pesca de espinhel de superfície no sudeste e sul doBrasil, durante

    o período de 1996 a 2001. Os dados considerados foram apenaspara as áreas

    9, 14 e 15 , sendo os dados agrupados em subtotais por ano,trimestre e área (n

    =53)................................................................................................................235

    FIGURA 59 – Capturas totais em peso (kg) vs. temperatura da águade superfície (ºC) para

    os tubarões-martelo na pesca de espinhel de superfície nosudeste e sul do

    Brasil, durante o período de 1996 a 2001. Os dados consideradosforam

    apenas para as áreas 9, 14 e 15 , sendo os dados agrupados emsubtotais por

    ano, trimestre e área (n =53).........................................................................235

    FIGURA 60 – (a) Logaritmo neperiano das capturas totais em peso(kg) vs. o logaritmo

    neperiano do esforço (em número de anzóis) para ostubarões-martelo na

    pesca de espinhel de superfície no sudeste e sul do Brasil,durante o período

    de 1996 a 2001. Neste caso, os dados considerados foram apenaspara as áreas

    9, 14 e 15 , sendo os dados agrupados em subtotais por ano,trimestre e área (n

    =53). A linha de regressão ficou definida como: Y = -4,572 +1,237 X, sendo

    Y = ln(peso da captura em kg) e X = ln(número de anzóis) (r2 =0,732; P =

    0,000; n = 53). (b) Distribuição dos resíduos padronizados emfunção dos

    valores previstos pelomodelo........................................................................236

    FIGURA 61 – Logaritmo neperiano das capturas totais em peso (kg)vs. o logaritmo

    neperiano da temperatura (ºC) para os tubarões-martelo na pescade espinhel

    de superfície no sudeste e sul do Brasil, durante o período de1996 a 2001. Os

    dados considerados foram apenas para as áreas 9, 14 e 15 , sendoos dados

    agrupados em subtotais por ano, trimestre e área (n =53).............................237

  • xii

    FIGURA 62 – Esforço de pesca (em número de anzóis) vs. atemperatura de superfície da

    água do mar (ºC) para os tubarões-martelo na pesca de espinhelde superfície

    no sudeste e sul do Brasil, durante o período de 1996 a 2001. Osdados

    considerados foram apenas para as áreas 9, 14 e 15 , sendo osdados agrupados

    em subtotais por ano, trimestre e área (n =53)..............................................237

    FIGURA 63 – Logaritmo neperiano do esforço de pesca (em númerode anzóis) vs. o

    logaritmo neperiano da temperatura de superfície da água do mar(ºC) para os

    tubarões-martelo na pesca de espinhel de superfície no sudeste esul do Brasil,

    durante o período de 1996 a 2001. Os dados considerados foramapenas para

    as áreas 9, 14 e 15 , sendo os dados agrupados em subtotais porano, trimestre

    e área (n =53)................................................................................................238

    FIGURA 64 – Distribuição dos resíduos padronizados em função dosvalores previstos pelo

    modelo ANCOVA, ln(peso da captura) = constante + trimestre +ln(número

    de anzóis). Os dados foram relativos à pesca de espinhel desuperfície no

    sudeste e sul do Brasil, durante o período de 1996 a 2001. Nestecaso, os

    dados considerados foram apenas para as áreas 9, 14 e 15 , sendosomados em

    subtotais por ano, trimestre e área (n =53)....................................................238

    FIGURA 65 – Comparação entre as médias ajustadas trimestrais doslogaritmos neperianos

    das capturas em peso (kg), de tubarões-martelo, segundo o modeloANCOVA,

    ln(peso das captura) = constante + trimestre + ln(número deanzóis). Os dados

    foram relativos à pesca de espinhel de superfície no sudeste esul do Brasil,

    durante o período de 1996 a 2001. Neste caso, os dadosconsiderados foram

    apenas para as áreas 9, 14 e 15 , sendo somados em subtotais porano,

    trimestre e área (n =53).................................................................................239

  • xiii

    FIGURA 66 – Distribuição dos resíduos padronizados em função dosvalores previstos pelo

    modelo ANCOVA, ln(peso da captura) = constante + área +ln(número de

    anzóis). Os dados foram relativos à pesca de espinhel desuperfície no sudeste

    e sul do Brasil, durante o período de 1996 a 2001. Neste caso,os dados

    considerados foram apenas as áreas 9, 14 e 15, sendo somados emsubtotais

    por ano, trimestre e área (n =53)...................................................................239

    FIGURA 67 – Comparação entre as médias ajustadas por área doslogaritmos neperianos das

    capturas em peso (kg), de tubarões-martelo, segundo o modeloANCOVA,

    ln(peso das captura) = constante + área + ln(número de anzóis).Os dados

    foram relativos à pesca de espinhel de superfície no sudeste esul do Brasil,

    durante o período de 1996 a 2001. Neste caso, os dadosconsiderados foram

    apenas para as áreas 9, 14 e 15 , sendo somados em subtotais porano,

    trimestre e área (n =53).................................................................................240

    FIGURA 68 – Comparação entre as médias ajustadas por ano doslogaritmos neperianos das

    capturas em peso (kg), de tubarões-martelo, segundo o modeloANCOVA,

    ln(peso das capturas) = constante + ano + ln(número de anzóis).Os dados

    foram relativos à pesca de espinhel de superfície no sudeste esul do Brasil,

    durante o período de 1996 a 2001. Neste caso, os dadosconsiderados foram

    apenas para as áreas 9, 14 e 15 , sendo somados em subtotais porano,

    trimestre e área (n =53).................................................................................241

    FIGURA 69 – Áreas de distribuição das capturas detubarões-martelo no espinhel de

    superfície. Frota sediada em Itajaí – SC. Período de 1997 a2001.................242

  • xiv

    FIGURA 70 – O tubarão-martelo, Sphyrna lewini. Medidasutilizadas no presente estudo

    (C.Total = A+B; 1ºD-C = Distância primeira dorsal até o sulcopré-caudal;

    C.F.= Comprimento furcal). As medidas eram em cm e feitas sobre1996

    exemplares. (Fonte: COMPAGNO,1984).....................................................243

    FIGURA 71 – Vértebra de um macho de Sphyrna lewini comcomprimento total de 113,6 cm,

    coletado em setembro de 2001. Observam-se 2 anéis bem definidos,ou seja, o

    de nascimento (anel 0) e o anel anual (anel 1). Nota-se que oanel acaba de se

    formar na borda do centrum. F = foco; Emb = marca embrionária(0,336 mm

    de raio); anel 0 = anel de nascimento (1,550 mm de raio); anel 1= anel anual

    (2,631 mm de raio). Raio da vértebra = 2,804 mm de

    raio..................................................................................................................244

    FIGURA 72 – Vértebra de uma fêmea de Sphyrna lewini comcomprimento total de 271,64

    cm, coletada em outubro de 2001. F = foco; Emb = marcaembrionária (0,562

    mm de raio); anel (0) de nascimento (1,063 mm de raio); anéisanuais (1, 2,

    ....17) e borda (11,475 mm deraio)................................................................245

    FIGURA 73 – Relação morfométrica entre as medidas comprimentototal (LT) vs. 1ºdorsal-

    caudal (LSPC) (cm) em Sphyrna lewini (n = 92). Para o diagramade dispersão

    linearizado temos, r2 = 0,99; S.E.a= 1,25; S.E.b=0,026; Pb =5,9*10-

    97.....................................................................................................................246

  • xv

    FIGURA 74 – Relação morfométrica entre as medidas comprimentototal (LT) vs.

    comprimento furcal (LF) (cm) (n = 88). Para o diagrama dedispersão

    linearizado temos, r2 = 0,97;S.E.a= 0,92; S.E.b=0,009; Pb =1,2*10-

    105....................................................................................................................247

    FIGURA 75 – Relação peso total (WT) vs. comprimento total (LT)(peso em gramas e

    comprimento em cm) e a linearização através de logaritmoneperiano.

    n=67.Para o diagrama de dispersão linearizado temos, r2 = 0,97;S.E.a= 0,291;

    S.E.b=0,064; Pb=3,06*10-52...........................................................................248

    FIGURA 76 – Relação peso da carcaça (WC) vs. comprimento total(LT) (peso em gramas e

    comprimento em cm) e a linearização através de logaritmoneperiano. n=57.

    Para o diagrama de dispersão linearizado temos, r2 = 0,98;S.E.a= 0,338;

    S.B.b=0,074; Pb =4,73*10-46..........................................................................249

    FIGURA 77 – Composição de tamanhos de Sphyrna lewini pormodalidade de pesca,

    amostrada nos desembarques em Ubatuba (SP), Itajaí e Navegantes(SC),

    durante o período de 1995 a 2002 (n =1996)................................................250

    FIGURA 78 – Freqüências de comprimento, por estação do ano, paraos comprimentos totais

    de Sphyrna lewini durante o período de 1995 a 2002 nosdesembarques de

    Ubatuba (SP), Itajaí e Navegantes (SC). n = número deindivíduos

    amostrados......................................................................................................251

  • xvi

    FIGURA 79 – Estimativas de L∞ e Z/K através do método deWETHERALL (1986), para as

    distribuições de comprimentos totais de Sphyrna lewini,amostradas durante o

    período de 1995 a 2002 ( n = 1996).. As estimativas obtidasatravés da linha

    da regressão Y = 222,69 - 0,58 X foram L∞ = 384 cm; Z/K = 0,7241. L ́=

    comprimento total mínimo onde 100 % dos tubarões são capturados; L

    (médio) = comprimento total médio dos tubarões acima de L´.Medidas de

    comprimento em cm. Para o diagrama de dispersão linearizadotemos, r2 =

    0,996; S.E.a= 10,74 ; S.E.b=0,04 ; Pb =1,41*10-25........................................252

    FIGURA 80 – (A) Embrião de Sphyrna lewini, apresentando odetalhe do cordão umbilical e

    placenta. (B) Fêmea grávida de Sphyrna lewini, capturada nalocalidade de

    Ubatuba (SP), no mês de janeiro de 1997 e com comprimento totalde 253 cm.

    Foram encontrados 24 embriões, que ainda estavam conectadospelas suas

    placentas à parede do útero, com comprimentos totais entre 34,6e 45 cm e

    média de 41cm..............................................................................................253

    FIGURA 81 – Relação entre o raio da vértebra (mm) e ocomprimento total (cm) em

    Sphyrna lewini . A linha da regressão ficou definida como : Y =-0,366 +0,043

    X, sendo Y= raio da vértebra (mm) e X = Comprimento total (cm)(r2 = 0,953;

    P = 0,000; n =284).........................................................................................254

    FIGURA 82 – Relação entre o comprimento total (cm) e o raio davértebra (mm) em

    Sphyrna lewini . A linha da regressão ficou definida como : Y =14,541 +

    22,165 X, sendo Y = comprimento total (cm) e X = raio davértebra (mm) (r2

    = 0,953; P = 0,000; n =284)..........................................................................255

    [m1] Comentário:

  • xvii

    FIGURA 83 – Variação da precisão na leitura de idades emvértebras inteiras de Sphyrna

    lewini de acordo com a idade, utilizando-se 3 índices distintos,ou seja, erro

    percentual médio (APE), coeficiente de variação (CV) e índice deprecisão

    (D). A precisão na leitura das idades aumenta com a idade (n=

    142)................................................................................................................256

    FIGURA 84 – Comparação entre os comprimento médiosretrocalculados por idade (hipóteses

    SPH e BPH, n = 2471) com os comprimentos médios observados (n =284) em

    Sphyrna lewini (sexoscombinados)...............................................................257

    FIGURA 85 – Ajuste de curvas de crescimento aos dados observados(n = 284) de Sphyrna

    lewini. CT = comprimento total (cm); IDADE = anos. (1) vonBertalanffy (L∞

    = 364,59 cm; K = 0,07 ano-1; to = -1,505); (2)Gompertz (L∞ =347,94 cm; b =

    0,5; K = 0,1 ano-1); (3) Schnute e Richards (L∞ = 304,93 cm; α =10; a =

    0,398; b = 1,263; c = 0,836). O melhor ajuste foi obtido com omodelo de von

    Bertalanffy.....................................................................................................258

    FIGURA 86 – Ajuste de curvas de crescimento aos dadosretrocalculados (hipótese BPH, n =

    2471) de Sphyrna lewini. CT = comprimento total (cm); IDADE =anos. (1)

    von Bertalanffy (L∞ = 329,12 cm; K = 0,071 ano-1; to = -2,368ano);

    (2)Gompertz (L∞ = 335,96 cm; b = 0,484; K = 0,1 ano-1); (3)Schnute e

    Richards (L∞ = 293,57 cm; α = 15; a = 0,628; b = 1,571; c =0,644). O melhor

    ajuste foi obtido com o modelo de vonBertalanffy.......................................259

  • xviii

    FIGURA 87 – Estimativas de mortalidade natural (M = ano1), emfunção do comprimento

    total (cm) e do peso (gramas), utilizando o método de PETERSONe

    WROBLEWSKI (1984). Os comprimentos foram convertidos em pesode

    acordo com a relação: ln(peso total) =-5,806+3,069*ln(comprimento

    total)...............................................................................................................260

    FIGURA 88 – Comportamento mensal dos índices médios deincremento marginal (D1/D2)

    (BARTHEM ,1990) e (VR – Rn)/(Rn – Rn-1) (NATANSON et al.,1995),

    utilizados para a validação da época de formação dos anéishialinos em

    vértebras de Sphyrna lewini(sexos e idades analisados emconjunto). Barras

    verticais são erros padrões, para indicar a precisão das médias.O erro padrão

    foi grande no mês de julho pois foram analisadas apenas duasamostras. n =

    260..................................................................................................................261

    FIGURA 89 – Composições etárias de Sphyrna lewini por modalidadede pesca (A- Arrasto

    tangones, n = 41 ; B- Espinhel de superfície, n = 120 ; C-Arrasto de parelha, n

    = 114 ; D- Emalhe de superfície, n = 210; E- Emalhe de fundo, n= 1272),

    amostradas nos desembarques de Ubatuba (SP) e Itajaí (SC),durante o

    período de 1995 a 2002 (n =1757)................................................................262

    FIGURA 90 – Curva de crescimento estimada através do modelo devon Bertalanffy (Lt =

    329,12*(1-exp(-0,071*(t+2,368))) e taxas de crescimento (cm/ano)em função

    da idade para Sphyrna lewini no sul doBrasil...............................................263

  • xix

    FIGURA 91 – Comparação entre as diversas curvas de crescimentoobtidas para Sphyrna

    lewini baseado no índice de performance (Ø) (phi-prime) (MUNRO&

    PAULY, 1983). O índice se encontra entre parênteses, adjacenteao nome dos

    autores dacurva..............................................................................................264

  • xx

    LISTA DE TABELAS TABELA 01 – Resultados obtidos por diversospesquisadores sobre os comprimentos totais

    de Sphyrna lewini apresentando sinais de maturidade sexual (*) eos

    comprimentos totais médios de primeira maturação (**) em váriaspartes do

    globo............................................................................................................266

    TABELA 02 – Comprimentos totais (cm) observados eretro-calculados nas respectivas

    idades em Sphyrna lewini, estudada por BRANSTETTER (1987),sexos

    combinados, no Golfo do México. n = 25 amostras devértebras............267

    TABELA 03 – Parâmetros de crescimento estimados por CHEN etal.(1990) para Sphyrna

    lewini através do ajuste do modelo de von BERTALANFFY (1938) aosdados

    observados, retrocalculados e através do método de HOLDEN(1974). n =

    325 amostras devértebras..............................................................................268

    TABELA 04 – Comprimentos retrocalculados por idade e sexo , paraSphyrna lewini

    estudada por CHEN, et al. (1990), na região de Taiwan. n = 325amostras de

    vértebras.........................................................................................................269

    TABELA 05 – Relações peso-comprimento, obtidas para Sphyrnalewini por KOTAS et al.

    (1998) no sudeste e sul doBrasil..................................................................270

    TABELA 06 – Comprimentos totais (cm) e idades máximas (anos)encontrados em Sphyrna

    lewini por diversosautores.............................................................................271

  • xxi

    TABELA 07 – Dados de marcação e recaptura de Sphyrna lewiniobtidos pelo National

    Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA), na costa lestedos

    Estados Unidos. Fonte: NOAA(1994)........................................................272

    TABELA 08 – Comprimentos totais dos neonatos (cm) de Sphyrnalewini observados por

    diversosautores...........................................................................................273

    TABELA 09 – Produção controlada marinha (kg), no emalhe (fundo esuperfície), estado de

    São Paulo, em 1998 e 1999. Fonte: CARNEIRO et al.,2000....................274.

    TABELA 10 – Produção de tubarões (kg), pelos espinheleiros deatum sediados em Santos e

    que operaram no sudeste-sul do Brasil (20º - 33º S Lat.; 39º -50º W Long.),

    no ano de 1987. Fonte: AMORIM & ARFELLI,1988...............................275

    TABELA 11 – Desembarques de tubarões-martelo (kg), frotaindustrial, por petrecho, em

    Santa Catarina. Período: 1989-2002. Fontes: BRANCO & REBELO,1997;

    IBAMA, 1992, 1994, 1998, 1999, 2000; KOTAS et al., 1995;UNIVALI,

    2001, 2002 e2003.......................................................................................276

    TABELA 12 – Desembarques anuais de tubarões-martelo (kg) napesca artesanal,

    discriminados por petrecho, no estado de Santa Catarina.Período: 1988-

    1996. Fontes: BRANCO & REBELO, 1997; IBAMA, 1992, 1994,

    1998.............................................................................................................277

  • xxii

    TABELA 13 – Desembarques mensais de tubarões-martelo na pescaartesanal (kg). Estado

    de Santa Catarina. Período: 1979 – 1996. Fontes: BRANCO &REBELO,

    1997; IBAMA, 1992, 1994, 1998; SUDEPE, 1979, 1980, 1981, 1982,1983,

    1984, 1985, 1986,1987...............................................................................278

    TABELA 14 – Desembarques anuais de tubarões-martelo (kg) no RioGrande do Sul, para a

    pesca artesanal e industrial. Período: 1992 – 2000. Fonte:IBAMA, 1996,

    1997, 1998, 1999 e 2000; SILVA & SILVA,1994.....................................279

    TABELA 15 – Desembarques anuais de tubarões-martelo, por arte depesca (kg) no Rio

    Grande do Sul. Período: 1992-2000. Fonte: IBAMA, 1996, 1997,1998,

    1999 e 2000; SILVA & SILVA,1994......................................................280

    TABELA 16 – Portarias normativas do IBAMA/MMA , que regulamentamas distâncias

    mínimas da costa para a prática do arrasto, nos estados dasregiões sudeste e

    sul do Brasil e que se fossem respeitadas, serviriam paraproteger as áreas de

    distribuição dos neonatos e juvenis de Sphyrna lewini . Fonte:PEREZ et al.,

    2001.............................................................................................................281

    TABELA 17 – Estatística descritiva das características físicasdas embarcações e redes de

    emalhe de superfície. Frota sediada em Itajaí e Navegantes (SC)no ano de

    1995.............................................................................................................282

    TABELA 18 – Estatística descritiva das características físicasdas embarcações e redes de

    emalhe de superfície. Frota sediada em Ubatuba (SP) no anode

    1997.............................................................................................................283

  • xxiii

    TABELA 19 – Espécies capturadas na pesca de emalhe de superfíciesediada em Itajaí-

    Navegantes (SC) e Ubatuba (SP) em 1995 e 1997respectivamente...........284

    TABELA 20 – Composição por espécies de elasmobrânquios eteleósteos nos desembarques

    do emalhe de superfície, Estado de Santa Catarina, durante osanos de 1993 e

    1994. Desembarques emtoneladas..............................................................285

    TABELA 21 – Composição por grupos de espécies (kg) nosdesembarques do emalhe de

    superfície, estado de Santa Catarina. Período de 2000 a 2002 .Fonte:

    UNIVALI, 2001, 2002 e2003....................................................................286

    TABELA 22 – Evolução dos desembarques anuais (kg), por grupo deespécies, para a frota

    de emalhe de superfície no estado de Santa Catarina. Período2000 a 2002.

    Fonte: UNIVALI, 2001, 2002 e2003..........................................................286

    TABELA 23 – Desembarques mensais (kg), por grupo de espécies napesca de emalhe de

    superfície em Santa Catarina. Período 2000 a 2002. Fonte :UNIVALI,

    2001, 2002 e2003.......................................................................................287

    TABELA 24 – Composição das capturas de elasmobrânquios (kg) em 3cruzeiros de

    observadores de bordo na frota de emalhe de superfície sediadaem Ubatuba

    (SP). Ano1997............................................................................................288

    TABELA 25 – Resumo das operações de pesca para as frotas deemalhe de superfície

    sediadas nos portos de Itajaí-Navegantes (SC) e Ubatuba (SP),durante os

    anos de 1995 e 1997respectivamente.........................................................289

  • xxiv

    TABELA 26 – Captura por unidade de esforço média, por espécie(CPUE, indivíduos/km),

    no emalhe de superfície. Frota sediada em Itajaí/Navegantes eUbatuba.

    Período: 1995 e1997...................................................................................290

    TABELA 27 – Características físicas dos espinheleiros desuperfície (monofilamento),

    sediados em Itajaí - SC, nos quais foram realizados os cruzeiroscom os

    observadores de bordo no ano de1998.......................................................291

    TABELA 28 – Características físicas dos espinhéis de superfície(monofilamento),

    encontrados nos 3 cruzeiros de observadores de bordo, na costasul-

    brasileira, durante o ano de1998.................................................................292

    TABELA 29 – Resumo das operações de pesca realizadas durante as3 viagens dos

    observadores de bordo nos espinheleiros de superfície(monofilamento)

    sediados em Itajaí – SC, durante o ano de1998.......................................293

    TABELA 30 – Observações sobre a condição dos tubarões capturadospelos espinheleiros de

    superfície sediados em Itajaí e que operaram no sul do Brasil.Cruzeiros de

    março-abril, junho-julho e setembro-outubro de 1998. n =508.................294

    TABELA 31 – Observações sobre os tipos de barbatanas extraídasdas diferentes espécies de

    tubarões capturadas pelos espinheleiros de superfície sediadosem Itajaí e

    que operaram no sul do Brasil. Cruzeiros de observadores debordo de

    março-abril, junho-julho e setembro-outubro de1998................................295

  • xxv

    TABELA 32 – Produção pesqueira desembarcada (kg), dos principaisgrupos de peixes.

    Frota industrial de espinhel de superfície em Santa Catarina nosanos de

    2000, 2001 e 2002. Fonte: UNIVALI, 2001, 2002 e2003..........................296

    TABELA 33 – Características físicas dos espinhéis de superfíciede monofilamento

    analisados no presente estudo. Foram analisados n = 25espinhéis.............297

    TABELA 34 - Dados de captura em peso (kg) e esforço de pesca (emnúmero de anzóis) de

    tubarões- martelo, somados por ano, trimestre e área (n = 53).ln = logaritmo

    neperiano....................................................................................................298

    TABELA 35 – Resultados da análise de covariância de um fator(ANCOVA) aplicados ao

    modelo: ln(peso)= constante + ano + ln(anzois) + ano*ln(anzóis), para os

    dados agrupados apenas das áreas 9, 14 e15..............................................300

    TABELA 36 – Resultados da análise de covariância de um fator(ANCOVA) aplicados ao

    modelo: ln(peso)= constante + ano + ln(anzois) , para os dadosagrupados

    apenas das áreas 9, 14 e15..........................................................................301

    TABELA 37 – Resultados da análise de covariância de um fator(ANCOVA) aplicados ao

    modelo: ln(peso)= constante + trim + ln(anzois) +trim*ln(anzois) , para os

    dados agrupados apenas das áreas 9, 14 e15..............................................302

    TABELA 38 - Resultados da análise de covariância de um fator(ANCOVA) aplicados ao

    modelo: ln(peso)= constante + trim + ln(anzois) , para os dadosagrupados

    apenas das áreas 9, 14 e15..........................................................................303

  • xxvi

    TABELA 39 – Estatística descritiva para a distribuição dosresíduos padronizados (student)

    no modelo de análise de covariância de um fator (ANCOVA) :ln(peso da

    captura)= constante + trimestre + ln(número de anzois) , para osdados

    agrupados apenas das áreas 9, 14 e 15 (n = 53). O teste g1mostrou a

    distribuição dos resíduos assimétrica à direita e o teste g2leptocurtose.

    Através do teste `t ́ a leptocurtose não foi significativa.Abaixo da tabela,

    polígono de freqüência dosresíduos...........................................................304

    TABELA 40 - Resultados da análise de covariância de um fator(ANCOVA) aplicados ao

    modelo: ln(peso)= constante + área + ln(anzois)+área*ln(anzois), para os

    dados agrupados apenas das áreas 9, 14 e15..............................................305

    TABELA 41 - Resultados da análise de covariância de um fator(ANCOVA) aplicados ao

    modelo: ln(peso)= constante + área + ln(anzois), para os dadosagrupados

    apenas das áreas 9, 14 e15..........................................................................306

    TABELA 42 – Estatística descritiva para a distribuição dosresíduos padronizados (student)

    no modelo de análise de covariância de um fator (ANCOVA):ln(peso da

    captura) = constante + área + ln(número de anzóis), para osdados agrupados

    apenas das áreas 9, 14 e 15 (n = 53). O teste g1 mostrou adistribuição dos

    resíduos assimétrica à direita e o teste g2 leptocurtose (porémnão

    significativos através do teste `t´). Abaixo da tabela, polígonode freqüência

    dosresíduos....................................................................................................307

  • xxvii

    TABELA 43 – Estatística descritiva dos níveis de captura (númerode indivíduos), esforço

    (número de anzóis) e temperaturas da água de superfície (ºC)encontrada para

    os tubarões- martelo, capturados na pesca de espinhel desuperfície

    (monofilamento) dos barcos sediados em Itajaí – SC. Período de1997 a

    2001................................................................................................................308

    TABELA 44 - Produção pesqueira desembarcada por mês pela frotaindustrial de espinhel

    de superfície em Santa Catarina no ano de 2000, discriminada porespécies.

    Valores em Kg. Fonte: UNIVALI(2001)......................................................309

    TABELA 45 - Produção pesqueira desembarcada por mês pela frotaindustrial de espinhel

    de superfície em Santa Catarina no ano de 2002, discriminada porespécies.

    Valores em Kg. Fonte: UNIVALI(2003)......................................................310

    TABELA 46 – Distribuições de freqüência encontradas, por estaçãodo ano, para os

    comprimentos totais de Sphyrna lewini, durante o período de 1995a 2002

    nos desembarques de Ubatuba (SP), Itajaí e Navegantes (SC). n=

    1996...........................................................................................................311

    TABELA 47 – Estatística descritiva das composições de tamanhosde Sphyrna lewini

    encontradas nas diversas artes de pesca operantes no sul doBrasil

    (TANGONE: arrasto de tangones (n = 41); PARELHA: arrasto deparelha (n

    = 114); EMFUNDO: emalhe de fundo (n = 1275); ESPSUPER: espinhelde

    superfície (n = 124); EMSUPER: emalhe de superfície (n = 433);TODAS:

    todas as artes de pesca consideradas (n =1996))........................................312

  • xxviii

    TABELA 48 – Resultados das decomposições das modas através dométodo de

    BHATTACHARYA (1967), para as amostras sazonais decomprimentos

    totais de Sphyrna lewini, obtidas nos desembarques de diversasmodalidades

    de pesca em Ubatuba (SP), Itajaí e Navegantes (SC), durante operíodo de

    1995 a 2002 (n = 1996). S = desvio padrão; n = número deindivíduos; S.I. =

    índice de separação de modas (HASSELBLAD, 1966). Valores em

    vermelho, são relativos à modas onde o S.I. <2.........................................313

    TABELA 49 – Estatísticas da linha de regressão e análise devariância para a relação

    L(médio)-L ́ versus L´ em Sphyrna lewini (GRIFFITH & SMITH,1834).

    Método de WETHERALL (1986) . As estimativas obtidas através dalinha

    de regressão Y = 222,69 – 0,58x , foram L∞ = -a/b = 383,95 cm;Z/K = -

    (1+b)/b = 0,7241. L´= comprimento total mínimo onde 100 % dostubarões

    são capturados; L(médio) = comprimento total médio dos tubarõesacima de

    L´. Medidas de comprimento emcm...........................................................314

    TABELA 50 – Estatísticas da linha da regressão e análise devariância para a relação entre o

    raio da vértebra (mm) (Y) e o comprimento total (cm) (X) emSphyrna

    lewini..............................................................................................................315

    TABELA 51 – Estatísticas da linha da regressão e análise devariância para a relação entre

    o comprimento total (cm) e o raio da vértebra (mm) em Sphyrnalewini

    ........................................................................................................................316

  • xxix

    TABELA 52 – Coeficientes médios de precisão e intervalos deconfiança obtidos nas

    leituras de vértebras inteiras em Sphyrna lewini . APE = erropercentual

    médio (BEAMISH & FOURNIER, 1981; CAMPANA, 2001) ; D =Índice

    de precisão (CHANG, 1982; CAMPANA, 2001) ; CV = coeficientede

    variação (CHANG, 1982; CAMPANA,2001)............................................317

    TABELA 53 - Comprimentos totais retrocalculados (cm) no momentoda formação dos anéis

    em Sphyrna lewini(n = 2471) capturada no sudeste e sul do Brasil(sexos

    combinados). n = tamanho da amostra; S.E. = erro padrão; F =marca

    embrionária; 0 = anel de nascimento. Método de WHITNEY &

    CARLANDER (1956), considerando a hipótese raio da vértebra (Y)vs.

    comprimento total do peixe(X).................................................................318

    TABELA 54 - Comprimentos totais retrocalculados (cm) no momentoda formação dos anéis

    em Sphyrna lewini(n = 2471) capturada no sudeste e sul do Brasil(sexos

    combinados). n = tamanho da amostra; S.E. = erro padrão; F =marca

    embrionária; 0 = anel de nascimento. Método de WHITNEY &

    CARLANDER (1956), considerando a hipótese comprimento total dopeixe

    (Y) vs. raio da vértebra(X).........................................................................319

    TABELA 55 – Comprimentos por idade retrocalculados (hipótesesSPH e BPH, n = 2471) e

    observados (média e erro padrão - S.E., n = 284), para sexoscombinados de

    Sphyrna lewini , coletados no sudeste e sul do Brasil. Asestimativas de erro

    no retrocálculo entre as hipóteses SPH e BPH também sãocalculadas na

    coluna àdireita...............................................................................................320

  • xxx

    TABELA 56 – Ajuste do modelo de von BERTALANFFY (1938) aos dadosobservados de

    Sphyrna lewini ( n = 284) , utilizando o método de Gauss-Newton(mínimos

    quadrados)......................................................................................................321

    TABELA 57 – Ajuste do modelo de von BERTALANFFY (1938) aos dadosretrocalculados

    de Sphyrna lewini (hipótese BPH) (n = 2471), utilizando o métodode

    Gauss-Newton (mínimosquadrados)..........................................................322

    TABELA 58 – Ajuste do modelo de GOMPERTZ (1825) aos dadosobservados (n = 284) de

    Sphyrna lewini, utilizando o método iterativo de Gauss-Newton(mínimos

    quadrados)...................................................................................................323

    TABELA 59 – Ajuste do modelo de GOMPERTZ (1825) aos dadosretrocalculados de

    Sphyrna lewini (hipótese BPH) (n = 2471), utilizando o métodoiterativo de

    Gauss-Newton (mínimosquadrados)........................................................324

    TABELA 60 – Ajuste do modelo de SCHNUTE & RICHARDS (1990),modificado por

    HADDON (2001), aos dados observados de Sphyrna lewini (n =284),

    utilizando o método iterativo de Gauss-Newton (mínimos

    quadrados)...................................................................................................325

    TABELA 61 – Ajuste do modelo de SCHNUTE & RICHARDS (1990),modificado por

    HADDON (2001), aos dados retrocalculados de Sphyrna lewini(hipótese

    BPH)(n = 2471) , utilizando o método iterativo de Gauss-Newton(mínimos

    quadrados)...................................................................................................326

  • xxxi

    TABELA 62 – Percentual de bordas opacas e hialinas encontradaspor mês nas leituras de

    vértebras inteiras de Sphyrna lewini (GRIFFITH & SMITH,1834) coradas

    com toluidina (n = 361). Período 1995 a 2002. A legibilidade foide

    93,6%...........................................................................................................327

    TABELA 63 - Número total de amostras (vértebras) utilizadas noestudo do incremento

    marginal através dos índices de BARTHEM (1990) e NATANSON et

    al.(1995). n =260........................................................................................328

    TABELA 64 – Estatísticas descritivas para o raio do anelembrionário (ANEMBR), raio do

    anel do neonato (ANNEONAT), comprimento total do embrião(CTEMBR),

    comprimento total do neonato (CTNEONAT) . Medidas dos raios dosanéis

    em mm e dos comprimentos totais dos embriões e neonatos em

    cm................................................................................................................329

    TABELA 65 – TESTE “t” de comparação de médias entre o raio doanel embrionário

    (ANEMBR) e o raio do anel dos neonatos (ANNEONAT). Medidas dosraios

    em mm. As diferenças entre as médias foram significativas (P< 0,05). n =

    283..................................................................................................................330

    TABELA 66 – TESTE “t” de comparação de médias entre ocomprimento total dos embriões

    (CTEMBR) e o comprimento total dos neonatos (CTNEONAT). Medidasdo

    comprimento em cm. As diferenças entre as médias foramsignificativas (P <

    0,05). n =283.................................................................................................330

  • xxxii

    TABELA 67 - Chave idade - comprimento , obtida através deleituras de anéis de crescimento

    em vértebras de Sphyrna lewini (n = 312). Valores em negrito sãoproporções

    percentuais (%) dos diferentes grupos etários em cada classede

    comprimento..................................................................................................331

    TABELA 68 - Comparação das estimativas dos parâmetros decrescimento (Loo, K, to),

    tamanho máximo, longevidade e de mortalidade natural (M) obtidospara

    Sphyrna lewini no sul do Brasil, com os de outrosestudos.........................332

    TABELA 69 - Comparação dos comprimentos totais médiosretrocalculados (cm) para cada

    anel de inverno obtidos no presente estudo, com os encontradospor

    BRANSTETTER (1987c) no Golfo doMéxico.............................................333

    TABELA 70 - Comparação entre as estimativas dos parâmetros (Loo,K, to) e de performance

    de crescimento (phi-prime, MUNRO & PAULY (1983); PAULY &MUNRO

    (1984)) obtidos no presente estudo para Sphyrna lewini , com osde outros

    autores............................................................................................................334

    TABELA 71 – Estimativas dos parâmetros de crescimento (L∞, K,to) encontrados em

    diferentes estudos, para diversas espécies de tubarões.(*PCL –comprimento

    pré-caudal)......................................................................................................335

    TABELA 72 – Taxas de mortalidade natural (M = ano-1), idades deprimeira maturação sexual

    (α = anos) e taxas de crescimento populacional intrínseco (r =ano-1), para

    algumas espécies de tubarões de grande porte. Fonte: SMITH etal., 1998;

    SILVA,2001..................................................................................................337

  • xxxiii

    RESUMO KOTAS, J.E. (2004) Dinâmica de populações e pesca dotubarão-martelo Sphyrna lewini (Griffith & Smith, 1834),capturado no mar territorial e zona econômica exclusiva dosudeste-sul do Brasil. São Carlos, 2004. 377p. Tese (Doutorado) –Escola de Engenharia de São Carlos, Universidade de São Paulo. Otubarão-martelo, Sphyrna lewini é um dos mais valiosos recursosmarinhos, e o

    preço pago por suas barbatanas no mercado Asiático pode atingiracima dos U$ 100,00/kg. A

    análise da composição de tamanhos e idades nas capturas, oestudo do crescimento desta

    espécie de grande porte e a evolução temporal dos desembarques,indicaram que este recurso

    se encontra sobreexplotado no sudeste e sul do Brasil, comoreflexo de diferentes

    modalidades pesqueiras atuando ao longo de todo o seu ciclo devida e à baixa resiliência

    desta espécie à pesca, por apresentar um crescimento lento (L∞ =329,12 cm; K = 0,071 ano-

    1; t0 = -2,37 ano ; sexos combinados), longevidade acima dos 40anos e mortalidade natural

    baixa (M = 0,1 ano-1 na fase adulta), padrões estes típicos deuma espécie K-estrategista . A

    sobrepesca de recrutamento, ocorre nas áreas costeiras,principalmente pela pesca de arrasto

    e emalhe costeiro, não havendo a proteção das áreas de parto naprimavera-verão. Neste

    caso há grandes capturas de neonatos e juvenis até 8 anos deidade. A fração adulta por sua

    vez é reduzida pela pesca de espinhel e de emalhe de superfícieprincipalmente na zona de

    talude . Modelos de análise de covariância indicaram maiorescapturas desta espécie na

    pesca de espinhel de monofilamento de superfície durante osmeses de primavera-verão, na

    zona de talude (200 e 3000 m) e a existência de uma relaçãolinear positiva entre a captura

    em peso e o esforço em número de anzóis. Medidas de manejo econservação para esta

    espécie são sugeridas.

    Palavras-chave: Tubarão-martelo; pesca; biologia pesqueira.

  • xxxiv

    ABSTRACT KOTAS, J.E. (2004) Fisheries and population dynamics ofthe scalloped hammerhead shark Sphyrna lewini (Griffith &Smith, 1834), caught in the territorial sea and economic exclusivezone of southern Brazil. São Carlos, 2004. 377 p. Tese (Doutorado)– Escola de Engenharia de São Carlos, Universidade de São Paulo.The scalloped hammerhead shark Sphyrna lewini is one of the mostvaluable marine

    resources, due to its high-priced fins in the Asian market,which can reach U$ 100,00/kg.

    The analysis of the length and age composition in the catches,growth studies , and the

    annual development of its landings in southern Brazil, showedsigns of overexploitation for

    the species. This effect was mainly caused by different fishinggears exploiting all the phases

    of its life-cycle and its low resilience to fishing pressure dueto its slow-growing strategy

    (L∞ = 329,12 cm; K = 0,071 yr-1 ; t0 = -2,37 ano; both sexes),longevity (> 40 yrs.) and low

    natural mortality (M=0,1 yr-1, during adult phase), which meansa K´strategic typical pattern.

    Recruitment overfishing use to happen in coastal areas by trawlsand anchored gillnets

    activities which destroy the nurseries and juvenile grounds forthe species, mainly in

    spring-summer months when the parturition occurs. On the otherhand, the adult fraction of

    the stock is reduced by surface longline and driftnetsactivities along the continental slope.

    For the surface monofilament longline fisheries , covariancemodels detected the highest

    catches of scalloped hammerhead sharks along the slope (between200 – 3000 m depth),

    during spring-summer months. There was also a positive linearrelationship between catch

    (in weight) and effort (hook number). Management andconservation measures are

    recommended for this species.

    Keywords: Scalloped hammerhead shark; fisheries, populationdynamics.

  • 1- INTRODUÇÃO

    O tubarão-martelo, Sphyrna lewini (GRIFFITH & SMITH, 1834)ou cambeva-

    branca, como é denominada pelos pescadores no Estado de SantaCatarina, é uma espécie

    cosmopolita, de hábitos costeiros e semi-oceânicos, distribuidaem águas temperadas quentes

    e mares tropicais entre as latitudes 50º N e 40º S. Ocorrendo emtodo o litoral brasileiro, é

    provavelmente o mais abundante dos tubarões-martelo,distribuindo-se sobre a plataforma

    continental e águas oceânicas adjacentes, entre a zona de marésaté a profundidade de pelo

    menos 560 m ( GILBERT, 1967; COMPAGNO, 1984; STEVENS, 1984; CHENet al., 1988;

    STEVENS & LYLE, 1989) . A cambeva-branca apresenta umapeculiar morfologia cefálica

    (com um entalhe mediano na margem anterior da cabeça), padrão decoloração mais clara e

    seção transversal elipsoidal na altura do pedúnculo caudal secomparada ao Sphyrna

    zygaena (LINNAEUS, 1758) que possui uma coloração mais escura eseção transversal

    cilíndrica (CASTRO, 1993). A espécie geralmente ocorre em águascom temperaturas acima

    dos 21ºC e portanto provavelmente associada à massa de águatropical, ou seja,

    temperaturas acima de 20º C e salinidades maiores do que 36,4psu (EMILSON, 1961;

    GAMA et al., 1998) .

    No sul do Brasil, os juvenis de Sphyrna lewini de hábitosdemersais, ocorrem desde

    a linha de praia até os 100 m de profundidade (VOOREN, 1997;KOTAS et al., 1998). Os

  • -

    2

    indivíduos desta espécie nascem e possuem as suas áreas deberçários em águas rasas

    próximas à costa, enquanto que os adultos vivem em águas maisafastadas (COMPAGNO,

    1984; HOLLAND et al., 1993; KOTAS et al., 1995; LESSA et al.,1998). Portanto, ocorre

    migração horizontal das áreas costeiras mais protegidas emdireção a um habitat pelágico à

    medida que os pequenos tubarões-martelo vão crescendo. Essecrescimento é diferenciado

    por sexo, pois as fêmeas apresentam maiores taxas de crescimentojuvenil do que os machos

    e maturando com maior tamanho, possibilitando-lhes assim maiorcapacidade de

    armazenamento de reservas no fígado, ovas e embriões durante agestação (CLARKE, 1971;

    SCHWARTZ, 1983; KLIMLEY, 1987).

    Sphyrna lewini atualmente é uma das espécies de tubarões maisameaçadas pelo

    comércio internacional de barbatanas, haja visto seu elevadovalor comercial, ou seja, em

    torno de U$ 100,00/conjunto de barbatanas não tratadas, fatoeste que contribui para a

    diminuição da sua abundância. Considerando um período de dezanos, o preço das

    barbatanas de tubarão no porto de Santos (SP) aumentou em tornode 6 vezes o seu valor

    inicial (AMORIM et al., 2002). No Atlântico Noroeste, aabundância desta espécie declinou

    em torno de 89 % entre os anos de 1986 e 2000 (BAUM et al.,2003). Segundo estes mesmos

    autores, o tubarão-branco, Carcharodon carcharias (LINNAEUS,1758) e o tubarão-

    martelo, S. lewini se encontram entre as espécies maisvulneráveis de tubarões aos efeitos da

    sobreexplotação pesqueira. De maneira geral, os tubarõesapresentam baixa capacidade de

    recuperação aos efeitos da pesca intensiva, sendo a sua taxaanual de crescimento

    populacional de apenas 1 a 14 % ao ano, ou seja, inferior àencontrada nos peixes de bico e

    atuns, que apresentam valores entre 8 a 34 % ao ano(AU, SMITH& SHOW, no prelo)

    Os desembarques de tubarões-martelo no sul do Brasil,principalmente das espécies

    Sphyrna lewini e Sphyrna zygaena , capturadas entre as latitudes25º e 34º S, tiveram o seu

    pico de 700 toneladas nos anos de 1993 e 1994, devido ao rápidodesenvolvimento de uma

    pescaria de emalhe direcionada para esses seláceos, queexplorava desde os estágios iniciais

    de desenvolvimento da espécie (neonatos e juvenis) até a faseadulta. Após esse período,

  • -

    3

    ocorreu uma dramática queda na produção, para menos de 100toneladas no ano de 2000. O

    elevado esforço de pesca, estimado em 72.216 km de painéis deredes de emalhe de

    superfície para a frota sediada em Itajaí e Navegantes durante aprimavera-verão do ano de

    1995, associado à baixa resiliência à pesca de Sphyrna lewini(HOENIG & GRUBER, 1990;

    SILVA, 2001) levaram à queda nos rendimentos e ao colapso dapesca de emalhe de

    superfície nos anos seguintes (KOTAS et al., 1995). Emborahouvesse o desenvolvimento de

    uma pescaria de espinhel de superfície, desde 1994 e que utilizaa linha madre de nylon-

    monofilamento, pescaria esta direcionada para as albacoras,espadarte e tubarão-azul,

    capturando os tubarões-martelo, Sphyrna lewini e Sphyrna zygaena, incidentalmente, como

    fauna acompanhante, os desembarques desse grupo de tubarõesnunca se recuperaram aos

    níveis de 1993 e 1994. Segundo VOOREN & LAMÓNACA (2003), acaptura por unidade

    de esforço (cpue) de Sphyrna lewini, na pesca de emalhe para aprimavera, declinou em

    torno de 90 % entre os anos de 1993 a 2001, evidência dodeclínio na abundância de fêmeas

    grávidas em direção à costa para ter seus filhotes . Na pesca deemalhe, os tubarões-martelo

    morrem “sufocados”, já que o deslocamento desses animais éinibido, evitando-se a

    circulação de água através das brânquias (CASTRO, 1983).

    Elevadas capturas de neonatos e juvenis de Sphyrna lewiniocorrem no litoral

    sudeste e sul do Brasil, justamente nas áreas mais rasas daplataforma, ou seja, entre 2 e 10 m

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Author: Tuan Roob DDS

Last Updated: 03/05/2023

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